fevereiro 23, 2010

Janela

Num belo dia de Verão estava a passar e vi uma janela. Esta janela estava numa casa onde a única coisa que chamava a atenção era esta mesma janela. Nunca vi uma janela tão bonita como esta, por isso resolvi parar e apreciar. Esta janela era simples com uma estrutura em madeira de pinho lascada e o vidro que ao mesmo tempo era espelho, como ao mesmo tempo não era nada, o transparente. Perto da janela estava um pequeno lembrete que dizia:"esta janela é a porta para outro eu". Estranhei estas palavras e então que resolvi entrar. Abri a janela e não via nada, apenas vi uma coisa, o vazio. De repente sou puxado por uma mão que me leva até um sítio maravilhoso. Era-me familiar todo aquele ambiente. Vi crianças felizes, vi pássaros no vento, vi cavalos a cavalgar oceanos, vi árvores a darem abraços. Encontrei alguém que me daria, certamente, algumas respostas. Apenas me disse que aquela janela abre amizades e fecha ódios, abre mundos e fecha guerras e quando falou... Puff! Desapareceu. Essa pessoa era conhecida da minha vida. Passaram-se anos e eu dentro daquele mundo, estava de barba, rugas e cabelos brancos, e quando menos esperava lá estava outra vez aquela personagem. Trazia um capucho e eu tirei-o. Era uma mulher. Uma mulher linda, com cabelo encaracolado, olhos castanhos e corpo de Deusa. Chegou perto de mim, abraçou-me e disse-me:"obrigado por teres entrado naquela janela".
É atravez de uma janela, pode ser simples, pequena, feia, que ficamos a conhecer quem nos rodeia. Este mundo que vos mostrei é um mundo de uma grande amiga que um dia uma janela me mostrou. Fiquem atentos porque quando menos esperarem vou entrar no vosso mundo, pela vossa janela... Para ficar.

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